10 de outubro – Dia Mundial da Saúde Mental


A saúde mental é cada vez mais reconhecida como uma prioridade global de saúde. De acordo com o último relatório da Organização Pan-Americana da Saúde, na Região das Américas, os transtornos mentais respondem por 34% das deficiências. Os transtornos depressivos representam 7,8% das incapacidades na Região – com a América do Sul, em geral, apresentando maiores proporções de incapacidade devido a esse transtorno mental comum. A América Central tem uma proporção maior de incapacidades devido a transtornos bipolares, transtornos que iniciam na infância e epilepsia, quando comparada a outras sub-regiões; e os Estados Unidos e o Canadá apresentam um maior número de incapacidades por esquizofrenia e demência, bem como pelas taxas de transtornos por uso de opioides. O Brasil é apontado como o país de maior prevalência dos transtornos de ansiedade e depressão, com altos índices de afastamentos de trabalho e dias perdidos por incapacidade.

Apesar de, frequentemente, receberem pouca atenção na prática clínica, dificuldades de movimento e alterações posturais são comuns em indivíduos com problemas de saúde mental. Por exemplo, várias dificuldades de movimento são encontradas em crianças com transtorno do espectro autista, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade e outros transtornos de aprendizagem, tais como dificuldades de coordenação, postura e velocidade de movimento voluntário. Em adultos, as manifestações físicas envolvem tensão e rigidez muscular crônica, padrão respiratório anormal e prejuízo da expressão corporal, que podem ocorrer pelo próprio transtorno mental ou pela ação prolongada de medicamentos psicotrópicos, que deixam esses indivíduos mais susceptíveis à inatividade e ao sedentarismo e consequentemente a maiores índices de síndrome metabólica, obesidade e osteoporose. Dores crônicas também são prevalentes em indivíduos com problemas mentais, associa-se em mais de 30% dos casos de transtorno afetivo, ansioso ou relacionado ao estresse e chega a 80% em algumas amostras com transtorno do estresse pós-traumático.

A atuação do fisioterapeuta tem como objetivos otimizar o bem-estar, promover autocuidado, capacitando o indivíduo através da promoção do movimento funcional, consciência do movimento, atividade física e exercícios e reunindo aspectos físicos, mentais e sociais. Segue a abordagem centrada na pessoa e proporciona cuidados em todos os níveis de atenção à saúde e em todos os ciclos de vida do indivíduo com alterações de saúde mental, sejam elas leves, moderadas ou graves, agudas ou crônicas. Dessa forma, a atuação da fisioterapia na saúde mental fundamenta-se em competências e habilidades específicas, das quais destacamos: elaborar criticamente o diagnóstico cinético funcional e a intervenção fisioterapêutica, considerando o amplo espectro de questões clínicas, científicas, filosóficas éticas, políticas, sociais e culturais implicadas na atuação profissional do fisioterapeuta; exercer sua profissão de forma articulada ao contexto social, entendendo-a como uma forma de participação e contribuição social; encaminhar o paciente, quando necessário, a outros profissionais relacionando e estabelecendo um nível de cooperação com os demais membros da equipe de saúde; manter controle sobre à eficácia dos recursos tecnológicos pertinentes à atuação fisioterapêutica garantindo sua qualidade e segurança, entre outros.

Escrito por: Juliana Barbosa Goulardins

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