As educandas e gestora do curso de Especialização de Fisioterapia em Gerontologia marcaram presença no II Simpósio Internacional de Politicas Públicas para o envelhecimento que aconteceu na semana passada em São Paulo. Este evento contou com palestrantes renomados internacionalmente, com participação de representantes brasileiros na ONU e OMS e gerou muitas reflexões sobre os temas abordados.
O Brasil está num crescimento gradativo da população idosa, e ao contrário de outros países que se desenvolveram e sua população envelheceu, em nosso país estamos envelhecendo e ainda não nos desenvolvemos socialmente, economicamente e culturalmente, ao ponto de observarmos uma sociedade receptiva e preparada profissionalmente para atender esta demanda populacional. Estamos vivendo um bônus demográfico e depois virão os desafios com o envelhecimento e para isso precisamos melhorar bastante no quesito politica pública para a pessoa idosa.
Politicas erradas podem ser corrigidas e politicas boas podem ser implementadas e continuadas. Não basta apenas transferência de renda, o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) deve ser cultivado, pois senão tudo que conquistamos até hoje se perderá em poucos anos. Precisamos para os próximos anos de politicas convergentes de globalização, de revolução e valorização tecnológica e promoção da cultura do cuidado. São politicas equânimes sociais e econômicas que farão a diferença nos próximos anos.
A maneira de cuidar passa por uma transição social, econômica e cultural. A família provedora está cada vez menor, as politicas públicas de cuidados são insuficientes, o esgotamento de quem cuida é cada vez mais frequente (burn out), a dificuldade de sensibilização dos gestores de saúde e a implantação de politicas inovadoras são escassas. Esta falta de estrutura fragiliza o cuidado no domicilio e deterioriza muitas vezes as condições de saúde do individuo.
A sociedade precisa de um banho gerontológico e os profissionais que trabalham com envelhecimento precisam ser mais valorizados. Estamos numa transição do modelo hospital o centro hegemônico do SUS e isso valoriza muito mais os profissionais em outros serviços de saúde e assistência. Com o aumento da população a demanda por estes profissionais aumenta, e faz-se necessário a qualificação de quem atua diretamente com a pessoa idosa. Não conseguiremos capacitar 79 milhões de pessoas para promover uma boa assistência de saúde, social, econômica e humanitária para este público daqui há 20 anos, mas toda esta população tem que saber lidar com este fenômeno.
Precisamos apostar e lutar agora pela implementação de politicas publicas favoráveis, inovadoras e atrativas para a pessoa idosa e também para capacitação e qualificação profissional. A universidade não é responsável isolada pela má formação de alguns profissionais, mas a falta de politicas de monitoramento dos serviços educacionais e de saúde influenciam diretamente no profissional que é colocado para atender o idoso sem nenhuma expertise. É necessário que a sociedade civil faça sua parte e não se cale diante do presente. As politicas futuras dependem do trabalho que será feito hoje e da geração que irá buscar melhores condições de saúde para a pessoa idosa de amanhã e somos essa essa geração.
Texto por: Deise Ferreira da Silva, Julia Rulli, Melissa Pinheiro, Paloma Valentim
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