Quais rumos a fisioterapia está tomando frente a uma questão tão importante e que ainda é visto como um assunto proibido nos corredores dos hospitais?
Para falar de tabu é necessário, primeiramente, entender essa palavra: Tabu é algo que é proibido (não necessariamente por força de lei) por questões culturais, costumes e/ou tradição. Isso torna o tabu algo que não se deve fazer e nem se quer falar a respeito.
Os cuidados paliativos vêm justamente tocar num assunto que, infelizmente, ainda é tratado como tabu em nossa sociedade: a morte.
Vale ressaltar que o trabalho dos Cuidados Paliativos não visa tratar exclusivamente do evento morte, mas de toda a trajetória de uma pessoa que é portadora de uma doença ameaçadora da vida desde o seu diagnóstico até o cuidado no luto dos familiares.
Segundo definição da Organização Mundial da Saúde (OMS) “Cuidado Paliativo é uma abordagem que promove a qualidade de vida de pacientes e seus familiares, que enfrentam doenças que ameacem a continuidade da vida, por meio da prevenção e do alívio do sofrimento. Requer identificação precoce, avaliação e tratamento da dor além de outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual”.
Quando pensamos na fisioterapia paliativa, somos levados, imediatamente, à abordagem física dos sintomas que acometem o portador de uma doença ameaçadora da vida. E, sim, abordamos o sintoma físico (afinal, há um declínio funcional muito acentuado quando a doença se encontra em estágio avançado).
Entretanto, se não levarmos em conta questões familiares, sociais, emocionais, psicológicas e espirituais, nossa abordagem raramente irá obter êxito e esse talvez seja o ponto que leva o profissional fisioterapeuta a desistir de atender um paciente “para cuidado paliativo”.
A fisioterapia paliativa irá manter e, por vezes, reabilitar a funcionalidade residual do paciente portador de doença em estágio avançado. Isso promove uma melhor qualidade de vida através da manutenção da melhor atividade do paciente até o momento de sua morte.
Na coluna “Saúde” da revista Veja de abril de 2017, a Dra. Ana Cláudia Quintana Arantes, autora do livro e do TEDxFMUSP “A morte é um dia que vale a pena viver”, relata que a maioria das pessoas desejam morrer em casa, mas ressalta as dificuldades dessa prática no Brasil.
Em nossa 2ª Conferência Nacional de Fisioterapia ICHC- FMUSP abordaremos questões importantes como o suporte ventilatório no fim de vida e a assistência domiciliar remota pensando nos cuidados fisioterapêuticos de fim de vida.
Texto por Rogério Abe
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