A estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) é um método de estimulação cerebral não invasivo que tem mostrado resultados promissores em vários distúrbios neuropsiquiátricos em adultos. Devido aos resultados promissores nesses casos e à baixa taxa de efeitos adversos, a ETCC ganhou interesse no tratamento de transtornos neuropsiquiátricos na infância e adolescência nos últimos anos. Desde então, a técnica tem se mostrado segura para aplicação em crianças em diversos estudos científicos, para o tratamento de diversas condições, tais como: paralisia cerebral, autismo, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, dislexia, entre outros. No entanto, para garantir a segurança, a técnica deve ser aplicada da maneira correta.
A fisioterapeuta Luanda Collange Grecco, palestrante confirmada na 2ª Conferência Nacional de Fisioterapia do ICHC – FMUSP, descreve bem esse assunto em uma de suas citações na matéria “ETCC – uma técnica segura, desde que feita da maneira correta”.
“Colocar um eletrodo em uma criança não é uma receita de bolo. É entender como cada área do cérebro participa do aprendizado motor. É entender qual é o problema da criança, como é sua lesão. É saber que a área do cérebro com lesão não tem como processar uma boa resposta, mas, que é possível entender o que aconteceu com o entorno, ao redor da lesão. E então associar uma boa terapia com o processo de facilitação da atividade cerebral (ETCC). É extremamente importante avaliar o exame de eletroencefalograma da criança para saber qual área do cérebro apresenta uma atividade anormal e não estimular esta área. A corrente da ETCC não ativa o neurônio, ela facilita a sua atividade. Então, existe um problema real em estimular uma área de atividade anormal, facilitando a incidência de convulsões. Se for feita da maneira correta, não causa nenhum dano a criança.”
Se interessou pelo assunto? Venha conhecer as principais tendências em neuromodulação não invasiva em crianças no eixo de Neurociências e Neuromodulação. Serão discutidos os mecanismos de neuromodulação na infância, com destaque efeitos da aplicação da ETCC sobre o controle postural e na paralisia cerebral.
Escrito por Juliana Barbosa Goulardins
Citação: Luanda André Collange Grecco, pós-doutora em Educação e Saúde na Infância e na Adolescência pela UNIFESP. Doutora e Mestre em Ciências da Reabilitação pela Universidade Nove de Julho
Fonte: www.clinicaventoleste.com.br
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