Você já parou para pensar por que o idoso sem problema aparente de falta de equilíbrio cai? Porque tem dificuldade em fazer exercício de dupla tarefa? Porque esquece as instruções dos exercícios?
As respostas à essas perguntas encontram-se no entendimento do funcionamento cerebral. Funcionalmente, na vida diária, os idosos queixam-se das falhas de sua atenção, memória e reduzida agilidade psicomotora. Mas o cérebro varia intensamente em relação às funções cognitivas que se modificam e as que se mantém intactas ao longo da terceira idade.
Os fisioterapeutas, em sua prática clínica, podem apropriar-se das técnicas de Estimulação Cognitiva ao realizar seu atendimento clínico. Logo, quando o idoso cai deve-se estimular a atenção seletiva. Quando o idoso não realiza atividade que envolva dupla tarefa necessitará utilizar a estratégia de Gerenciamento Ambiental. Quando o sexagenário com comprometimento cognitivo não lembrar das instruções durante a sessão deverá utilizar técnicas que envolvam a memória implícita, como a Aprendizagem sem Erro e a Recuperação Espaçada.
No mundo moderno as queixas cognitivas não parecem se restringir somente aos idosos, pois adultos quando procuram a Estimulação Cognitiva mostram-se motivados por perceber o aumento dos lapsos de memória, a palavra que fica “na ponta da língua” e a necessidade de prevenir a doença de Alzheimer. Portanto, grupos intergeracionais representam o que mais há de inovador na área de Estimulação Cognitiva.
A importância de grupos intergeracionais foi observada desde o Plano de Ação Internacional para o Envelhecimento, estabelecido na Conferência de Madrid em 2002 reconhecendo-se a relevância de fortalecer a solidariedade entre as gerações.
Portanto, o fisioterapeuta também poderá se apropriar das práticas de prevenção e tratamento em grupo intergeracional favorecendo assim a sociabilização e interação entre gerações, pois a rapidez e a intensidade da transição demográfica exigem, em um curto espaço de tempo, reconfigurações de modelos e práticas clínicas.
Esse assunto será discutido na 2º Conferência Nacional de Fisioterapia ICHC em uma sessão exclusiva de Cognição no Envelhecimento. Não perca!
Escrito por: Gislaine Gil
Neuropsicóloga. Doutoranda em Ciências Médicas pela Faculdade de Medicina da USP. Mestre em Gerontologia Social pela PUC-SP. Pós-graduada em Avaliação Psicológica e Neuropsicológica pelo Instituto de Psiquiatria do HC da Faculdade de Medicina da USP. Gestão em Clínica Médica pela FGV. Título de Especialista em Gerontologia pela SBGG. Título de Especialista em Neuropsicologia pelo CRP.
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