Uma das temáticas da 2ª Conferência Nacional de Fisioterapia ICHC que tem atraído grande interesse é a neuromodulação não invasiva. O Brasil tem um papel de destaque na história do uso das técnicas de estimulação transcraniana. Em território nacional, os primeiros estudos clínicos com estimulação magnética transcraniana foram desenvolvidos poucos anos depois dos estudos iniciais realizados na Europa e nos Estados Unidos.
Um pesquisador que faz parte dessa história é o neurocirurgião e professor titular do Departamento de Neurologia do Instituto de Psiquiatria (IPq) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Manoel Jacobsen Teixeira. Um exemplo do sucesso de suas pesquisas e pioneirismo, foi um prêmio internacional recebido em 2007 na Alemanha. O estudo sobre o uso de estimulação magnética transcraniana (EMT) para o mapeamento de focos de dor na região do córtex sensitivo, desenvolvido no IPq, foi considerado o melhor trabalho apresentado no 2º Congresso Internacional de Dor Neuropática.
De acordo com Manoel Jacobsen Teixeira, “a EMT passará a ser utilizada como um critério seguro de prognóstico de doentes candidatos a implantes de eletrodos para a estimulação cerebral ou à infusão de fármacos na medula espinhal para o consequente alívio da dor. Esse é um achado inédito em todo o mundo, que nos deu o privilégio de ganhar o primeiro prêmio do Congresso Internacional de Dor Neuropática, que reúne os maiores expoentes internacionais no assunto. O evento reúne anualmente profissionais de diferentes países, responsáveis pela avaliação de métodos destinados à quantificação, tratamento e mecanismos de ocorrência da dor neuropática”.
Diferentes aplicações clínicas da estimulação magnética transcraniana são realizadas há anos no Hospital das Clínicas. Para cada caso deve ser estabelecido um protocolo de aplicação (parâmetros de estimulação, direção de posicionamento da bobina no crânio, intensidade do estímulo magnético, tempo médio de sessões e tratamento). O avanço tecnológico das últimas décadas tem proporcionado o uso eficaz dessa técnica não-invasiva para modulação cerebral.
Muitas pesquisas utilizando esta inovadora técnica de estimulação cerebral têm sido conduzidas para demonstrar os efeitos à saúde humana, principalmente tratamento de diferentes distúrbios neurológicos como a doença de Parkinson, após acidente vascular cerebral, depressão e dor crônica. Conhecer o panorama histórico e as tendências atuais é fundamental para a prática baseada em evidências, esse será o tema abordado por Manoel Jacobsen Teixeira na Mini-Conferência: Neuromodulação: dos primórdios aos dias atuais.
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