Em 21 de setembro de 2005, foi instituído pelo Congresso Nacional, o Dia Nacional de Conscientização da doença de Alzheimer, data em que é celebrada todos os anos com o objetivo de conscientizar a população brasileira sobre a importância da participação de familiares e amigos nos cuidados dispensados ao portadores da doença, além das possibilidades de prevenção, diagnóstico e cuidados.
Descrita por Alois Alzheimer em 1907, trata-se de uma doença neurodegenerativa do sistema nervoso central, que causa um declínio progressivo da função cognitiva, como memória e linguagem, resultando em perda de capacidade funcional.
Dentre os variados tipos de demências, umas das principais é a Doença de Alzheimer, que afeta 25 milhões de pessoas em todo o mundo, integrando aproximadamente 70% de todos os casos de demência. Além disso, o número total de novos casos de demência a cada ano, no mundo, é de quase 7,7 milhões, sendo um novo caso a cada quatro segundos.
Sua causa ainda é desconhecida, mas já se sabe que um dos fatores que contribui para esse alto índice da prevalência e incidência, é o constante aumento da expectativa de vida especialmente em países desenvolvidos. Pois o Alzheimer acomete principalmente a população idosa, podendo causar dependência funcional e até mortalidade.
Os primeiros sinais apresentados na doença são com alterações cognitivas, no comportamento e humor, como por exemplo: Esquecer fatos pessoais que aconteceram recentes; perde a noção de tempo (dia, mês ou hora); se perder em caminhos que são familiares; perde o interesse em atividades que sempre gostou de fazer antes; apresentar sintomas de ansiedade, depressão e apatia.
Ainda não existe ao certo uma forma de prevenção específica, no entanto, estudos vem mostrando que manter hábitos e estilo de vida saudáveis, podem prevenir a doença. Dentre eles, a prática de atividade física, atividade intelectual alimentação saudável.
O tratamento do Alzheimer é feito por meio de medicamentos que ajudam a minimizar e estabilizar os sintomas da doença. A fisioterapia tem um papel muito importante quando se trata da melhora da qualidade de vida, principalmente quando há impacto na funcionalidade e independência. Sua abordagem inclui tarefas que estimulem o planejamento motor e desenvolve pistas cognitivas que ajudem a realizar determinadas tarefas de acordo com as necessidades e queixa de cada indivíduo. Pois um tratamento que envolve o aspecto motor em conjunto com o cognitivo, estimula as funções vitais do SNC, os circuitos neurais e assim mantém o paciente por mais tempo em estado cognitivo funcional.
Escrito por Poliana Silva, Especialista de Fisioterapia em Gerontologia pelo ICHC-FMUSP, Trainee da Divisão de Fisioterapia ICHC
Referências
REITZ, Christiane; BRAYNE, Carol; MAYEUX, Richard. Epidemiology of Alzheimer disease. Nature Reviews Neurology, v. 7, n. 3, p. 137, 2011.
GUTIERREZ, Beatriz Aparecida Ozello et al. Impacto econômico da doença de Alzheimer no Brasil: é possível melhorar a assistência e reduzir custos?. Ciência & Saúde Coletiva, v. 19, p. 4479-4486, 2014.
SMITH, Marília de Arruda Cardoso. Doença de Alzheimer. Revista Brasileira de Psiquiatria, v. 21, p.03-07, 1999.
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