Estimulação Funcional Precoce na Internação: preocupação constante dos fisioterapeutas


Cada vez mais, o nível de atividade física no ambiente hospitalar tem se tornado a preocupação de muitos profissionais da saúde. Com o avanço da saúde, problemas são superados durante a internação e muitos pacientes evoluem para alta hospitalar.

Diante deste cenário, nos perguntamos: Como será a vida desses indivíduos após um longo período de internação hospitalar?

Estudos apontam que boa parte dessas pessoas apresentam dificuldades para retornar as atividades de vida normal após a alta. Isto ocorre devido à perda de força e funcionalidade em aproximadamente 65% dos casos.

O longo período em repouso é outro fator que deve ser considerado, devido aos prejuízos em diversos sistemas. Em um estudo realizado na enfermaria, foi verificado que os pacientes permanecem em média 20 horas por dia na cama, ou seja, gastam apenas 3% do seu tempo em pé ou deambulando, apesar de conseguirem realizar essas posições.

O comprometimento funcional e a qualidade de vida demandam longo período para serem restabelecidos, entretanto, a manutenção da atividade física durante a internação favorece um melhor desfecho funcional. Assim sendo, o cuidado com os programas de mobilização precoce e progressiva apresenta resultados positivos para os pacientes internados, e nos parece ser o melhor caminho para a fisioterapia.

Uma abordagem funcional na internação, visando estímulo neuromotor precoce ao paciente, com o objetivo de preservar ou recuperar a função de acordo suas atividades e necessidades ainda no ambiente hospitalar podem evitar maiores perdas funcionais ou contribuir para que os processos de recuperação dos comprometimentos causados pela internação tenham resultados mais rápidos.

Assim sendo, o Fisioterapeuta possui um papel importante na recuperação destes indivíduos. Observamos que um bom acompanhamento, e um atendimento de qualidade, podem determinar novos rumos nas vidas dessas pessoas, ajudando na reinserção na sociedade, nas atividades de vida diária e até mesmo em suas atividades profissionais.

A Divisão de Fisioterapia do Instituto Central do Hospital das Clínicas (ICHC) realiza em média 181.441 atendimentos ao ano, focados nas queixas e/ou limitações funcionais dos pacientes, almejando a prevenção de perda funcional e retorno as atividades de vida diárias.

Texto Monize Aquino e Murilo Zoccoler Lamano

Referências:

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