O fisioterapeuta Murilo Zoccoler Lamano, que atua em nossa enfermaria do Serviço de Transplante e Cirurgia do Fígado, teve a oportunidade de realizar um curto estágio no Hospital Georgetown – Pasquerilla Heatlh Care Center, nos Estados Unidos Washington-DC referência mundial em transplantes. O objetivo da visita foi referenciar e proporcionar a troca de experiências entre nossa Instituição e o Hospital Norte-americano. Muito pontos foram de aprendizado para nosso fisioterapeuta, que realizou a visita acompanhado por dois colegas da equipe de enfermagem, destacando a dedicação de todos integrantes da equipe multiprofissional para estimular a mobilidade precoce do paciente, além de uma grande carga horária dedicada a ações educativas da equipe multiprofissional dos candidatos a transplante. No hospital norte americano as cirurgias são semelhantes às realizadas aqui no nosso Instituto, como transplantes de fígado, intestino, pâncreas e rim. O volume de pacientes que realizaram transplantes de fígado aqui no ICHC chega a ser 20% maior, entretanto para os outros transplantes a quantidade do hospital Georgetown é maior.
Os motivos que levaram aos transplantes são muito semelhantes a nossa população, consumo de álcool, contaminação pelo vírus C e por gordura (esteatose) hepática, com pequeno destaque para a hepática esteatose nos EUA.
O período de tratamento prévio ao transplante é um fator de grande dedicação da equipe multiprofissional por lá, quando um paciente está com algum problema hepático e é encaminhado recebe diversas aulas, por vários integrantes do staff de transplantes, enfermeiro, médico cirurgião, psicólogo e nutricionista. Nessas aulas os profissionais explicam todo o processo específico do transplante e as consequências da abordagem cirúrgica que em alguns casos nem é realizado, uma vez que a terapia já se iniciou de forma satisfatória, mas dependendo do curso do tratamento clínico pode ser retomado.
Mais pontos de destaque nesse tratamento pós operatório são as visitas multiprofissionais constantes e metas diárias ao paciente, estimuladas por todas da equipe, como por exemplo: “Hoje é dia de dar alguns passos” ou “Hoje vamos subir uma andar de escada”, ações simples, que motivam diariamente esses pacientes e a dedicação exclusiva de um profissional as orientações da alta hospitalar.
Os sistemas de saúde tratam de forma diferenciada esse paciente, as altas despesas médicas que chegam até 2,5 milhões de dólares impactam no cotidiano dos transplantados, principalmente para aqueles não contemplados com seguro saúde que não realizam o transplante e é mais um fator importante a ser considerado no tratamento.
Os tratamentos tem uma boa taxa de sucesso, alguns pacientes ficam cerca de 12 meses afastados das suas funções laborativas, mas com retorno completo às atividades sociais.
Vale destacar que o serviço de transplante de fígado do Hospital das Clínicas tem realizado essas experiências com os melhores centros de transplantes do mundo. Comandado pelo Professor Doutor Luiz Augusto Carneiro de Albuquerque, toda a equipe tem a preocupação em oferecer a melhor assistência para os pacientes como estas estratégias de treinamento em centros de referência mundial.
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