Temos mais uma publicação de impacto da Divisão de Fisioterapia do Instituto Central, dessa vez no Jornal Brasileiro de Pneumologia, retratando a atuação do fisioterapeuta e o impacto da sua atividade, não somente no desfecho clínico de seus pacientes, mas contextualizando e mensurando o impacto financeiro da sua atividade.
O estudo foi conduzido pela Fisioterapeuta Bruna Peruzzo Rotta que além da expertise técnica da fisioterapia em terapia intensiva, se dedicou à ampliar o espectro dos seus conhecimentos com as questões gerenciais e administrativas deste profissional.
Atualmente temos um Resolução do Ministério da Saúde (ANVISA) que regulamenta a presença do fisioterapeuta por um determinado número de leitos em unidades de terapia intensiva, bem como o período de atuação. Essa regulamentação é datada de 2010 e ainda persiste muitas discussões sobre a ação do fisioterapeuta ser em turnos de 18 horas, conforme legislação, ou em turnos de 24 horas.
No estudo realizado em nossas unidades de terapia intensiva, em que temos um quadro atuante de fisioterapeutas em turnos de 24 horas, temos um aprofundamento desse temática, desde uma exemplificação direta e objetiva do papel do fisioterapeuta, segue:
“O objetivo da fisioterapia na UTI é melhorar a capacidade funcional geral dos pacientes, assim como restaurar a independência respiratória e física, diminuindo assim o risco de complicações associadas à permanência no leito. Contudo, é importante entender que o papel dos fisioterapeutas na UTI varia consideravelmente entre os países e depende de fatores como nível, treinamento e especialização dos profissionais. No Brasil, os fisioterapeutas são responsáveis pela assistência respiratória e por empregar técnicas de mobilização. A assistência respiratória inclui expansão pulmonar, higiene brônquica, tosse assistida, sucção, oferta de oxigênio, implementação/monitoramento de ventilação mecânica não invasiva, ajuste/monitoramento da VMI, participação no processo de desmame e extubação. As técnicas de mobilização consistem no seguinte: exercícios gerais, como manobras passivas, assistidas, ativas e resistivas; treinamento de transferência; posicionamento do paciente ao sentar; e deambulação assistida assim que possível.”
Até as consequências da ação da fisioterapia na ventilação mecânica invasiva, no tempo de permanência em UTI (TP-UTI) e nos custos dessas unidades, um dos focos do estudo, que são uma grande parcela das despesas em saúde.
“Na população estudada, as UTI´s com disponibilidade ininterrupta de serviços de fisioterapia apresentaram menores durações de VMI e de TP-UTI, bem como menores custos totais, médicos e de pessoal, em comparação às UTI´s nas quais os serviços de fisioterapia estavam disponíveis durante o período padrão de 12 h/dia. Fornecer acesso 24 h à assistência fisioterápica a pacientes da UTI mostrou ser um preditor significativo de menores custos de UTI.”
Vale a pena a leitura que facilita o entendimento da ação do fisioterapeuta de terapia intensiva sob essa óptica de custos e esperamos que o texto traga reflexões sobre a ação deste, atualmente indispensável, profissional.
Boa leitura!
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