Inovar! E agora?


A inovação é uma matéria, uma disciplina, um caminho novo, da onde partimos de uma idéia, com o olhar especial em uma “dor real” do outro, e para onde vamos ao buscar uma solução.

A solução, no entanto, deve ser aplicável, sustentável pessoalmente, profissionalmente e economicamente, deve corresponder a valores éticos e morais. A inovação em saúde, deve trazer alívio e novos processos ou tratamentos, mais rápidos e eficazes.

A inovação inicia, geralmente, ou faz uma parceria, com a pesquisa científica, e muitas vezes, depende de estudo e metodologia, para ser testada e aplicada, chegar ao usuário, e a quem poderá viabilizar a melhoria. Um dos passos que devem ser trilhados nessa estrada, é a viabilidade e o financiamento. Como fazer isso?

Inovar também requer investimento, inicialmente, muitas vezes, inovar depende da ação de um grupo de pessoas, devemos, no entanto, buscar, esse desenvolvimento de forma sustentável, e ainda, de forma, escalável. O financiamento pode ser obtido, desde a fase de estudo do produto, até a fase de implementação, e atividade no mercado.

A lei de inovação permite que instrumentos de fomento à inovação possam ter incentivos fiscais, subvenções econômicas, buscando instrumentar o financiamento, e capacitar os recursos humanos necessários para a proposta. O apoio financeiro pode ser direto, ou indireto, como no caso dos incentivos, e podemos buscar esse apoio em agências do governo ou privadas.

A FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), tem o programa PIPE (Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas), que permite assistir desde a proposta do produto, análise da viabilidade técnico-científica, até o desenvolvimento comercial e industrial dos processos e produtos (http://www.fapesp.br/pipe/). Os projetos submetidos ao PIPE devem ser desenvolvidos por pesquisadores que tenham vínculo empregatício com pequenas empresas, ou que estejam associados a elas, com o objetivo de desenvolver esse projeto. A titulação acadêmica não é um requisito essencial, neste caso, e a experiência profissional e capacitação técnica, são primordiais. O PIPE/FAPESP já contemplou 1704 auxílios à pesquisa, 345 projetos estão em andamento; 416 bolsas no país estão em andamento, e 2915 já foram concluídas, 2 bolsas no exterior foram concluídas, um total de 5382 auxílios e bolsas.

Os financiamentos particulares, em destaque, temos o programa de incentivo à inovação para a indústria do SESI/SENAI (http://www.portaldaindustria.com.br/senai/canais/edital-de-inovacao-para-industria/). As empresas podem participar o ano todo, e o edital está aberto para empresas do setor industrial de qualquer tamanho, inclusive startups de base tecnológica (em 2018, serão investidos R$ 55 milhões). As categorias D e E são para inovação em Segurança e Saúde do Trabalho (SST) e Promoção da Saúde (PS), respectivamente, para desenvolvimento de idéias e, inovação de novas tecnologias, serviços inovadores, soluções nos processos e produtos; com duração máxima de 18 meses e financiamento de até R$ 350.000,00 (D) e R$ 600.000,00 (E).

Os NITS (Núcleos de Inovação Tecnológica) são parte das Atividades da Divisão de Inovação Tecnológica do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, e permite uma estrutura, que possibilita desde a capacitação de recursos humanos, proposta do produto, parceria público-privadas, até a solicitação de patentes. O Hospital das Clínicas conta com os NITS do Inova HC, Inova Incor, e estamos vendo o crescimento desta estrutura dentro do Hospital.

Empreender requer muita parceria, requer uma discussão de idéias, associação de processos e produtos e, por isso, muitas vezes, buscamos conhecer as idéias e inovações de nossos colegas. Esse ambiente desenvolveu um fruto nas incubadoras, aceleradoras e centros de empreendedorismo tecnológico, que permitem o “solo fértil para o plantio”. As incubadoras e aceleradoras permitem pilares de educação, mentoria, espaço físico e laboratorial, comunidade, parcerias, e apoio. A Eretz.bio do Hospital Israelita Albert Einstein (https://eretz.bio/) tem apoiado grandes projetos de startups, como a Canguru, que coleta informações em tempo real, para gestantes, médicos, maternidades e operadoras buscando entender os riscos, qualificar o pré-natal e promover o parto saudável. O Health Inova Hub (http://healthinnovahub.com/2018/) tem seus pilares na educação, aceleração, comunidade e comunicação, e é hoje, o maior Hub de saúde da América Latina, proporcionando inclusive, cursos online, oportunidades como visitas estruturadas ao Vale do Silício com a idéia de aprendizagem e experiência, entre outros. O CUBO Itaú (https://cubo.network/) é um centro de empreendedorismo tecnológico capaz de proporcionar o ambiente necessário ao desenvolvimento tecnológico, e, o fomento à inovação. Idealizado pelo Banco Itaú, em parceria com a Redpoint eventures, ele permite uma conexão entre membros e diversos segmentos, com uma plataforma online e ambiente físico incríveis.

A inovação requer trabalho, parceria, pesquisa, estudo, idéias viáveis, e sustentáveis, e buscamos trilhar esse caminho com envolvimento, correspondência e responsabilidade! Vamos INOVAR!

Mapa de Fomento à Inovação 2

Fonte: http://brasil.abgi-group.com/radar-inovacao/recursos-para-inovacao/fontes-de-fomento-a-inovacao-conheca-quais-os-mecanismos-de-apoio/

Texto: Catarina Costa Boffino

 

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