Sobrevivendo a doença crítica: como podemos otimizar os desfechos pós internação.


Você já parou para pensar em como os pacientes ficam pós alta hospitalar? Será que o grande desafio ainda é sobreviver à internação?

Nos últimos 10 anos houve uma redução significativa da mortalidade dos pacientes que passam por internação em Unidades de Terapia Intensiva. Como sobreviver não é mais o problema, o olhar dos pesquisadores e profissionais de saúde tem se voltado cada vez mais para dar alta aos pacientes com condições clínicas e funcionais que garantam qualidade de vida e retorno às atividades rotineiras. Nesse sentido a preocupação vai além de recuperar o “tempo perdido” durante a internação, mas sim no que podemos fazer ainda durante a internação que contribua para melhores resultados na alta hospitalar.

Os pacientes críticos estão sujeitos a diversas complicações ao longo da internação e vários estudos têm evidenciado que entre 7 a 10 dias de internação já pode ser observada uma grande perda de massa muscular e função. Na tentativa de melhorar os desfechos pós alta hospitalar e ganhar a batalha “contra” a UTI recentemente foi desenvolvido o bundle ABCDE. Bundle é um pacote de medidas que visa direcionar as ações dos profissionais a partir de algumas diretrizes, nesse caso as metas são manter o paciente acordado (A), respirando sozinho (B) e com pouca sedação (C), monitorar e controlar o delirium (D) e promover reabilitação funcional precoce (E).

Outros estudos ainda complementam o bundle ABCDE com as letras F (“Feeding” – alimentar bem o paciente) e G” (“Gain Function and Gain Muscle” – ganhar função e massa muscular).

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Nesse sentido podemos compreender que o fisioterapeuta tem um papel importante nos cuidados ao paciente crítico que pode impactar diretamente na qualidade de vida pós alta hospitalar. Mas a grande pergunta é, o que nós podemos fazer para alcançar esses objetivos e dar alta aos pacientes em melhores condições? Fica bem claro que garantir boas condições respiratórias e melhorar a função promovendo reabilitação funcional precoce tem um destaque entre as medidas. Outro ponto importante é garantir a continuidade do cuidado, acompanhando o paciente desde à admissão do paciente no Pronto Socorro à alta hospitalar.

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Texto Caroline Mol e Amanda Coelho Fernandes

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